A palavra tem origem no latim, segundo o Dicionário Etimológico Nova Fronteira, 1982. Chegamos aos verbetes “portar” que vem de “portare” (carregar, conduzir) e “folium” (das plantas, lâminas e páginas).
No italiano moderno a palavra se tornou “portafoglio” e no inglês “portfolio”. É curioso o fato de em português utilizarmos “portfólio” ou “portifólio” ao invés de “porta-fólio”, que seria o mais natural na latinização moderna da palavra. Enfim, a expressão “portfólio” é claramente ligada ao anglicismo, com o aportuguesamento caracterizado pela inclusão do acento na letra “o” pois se trata de uma paroxítona terminada em ditongo oral.
O vocabulário da propaganda utilizado no Brasil é excessivamente influenciado pelas expressões inglesas, numa referência ao trabalho desenvolvido pelos norte-americanos na construção dos modelos e referências desta área. Assim, a palavra “portifólio” parece ser a mais adequada quando se busca de uma identidade nacional para se utilizar o termo. Existe também a questão fonética, afinal soa bem estranho a pronúncia da alternativa “portfólio” com o “t” mudo.
Como se trata de uma palavra de utilização restrita no segmento artístico e de comunicação, é natural que se encontre uma ausência de conceituação até em dicionários renomados, prevalecendo a definição leiga que utiliza indiscriminadamente as duas formas – “portfólio” ou “portifólio” – cabendo a quem emprega o termo decidir pela origem inglesa ou latina e, é claro, não esquecer da qualidade do conteúdo…
Fonte: http://www.boadica.com.br/noticia.asp?codigo=5377
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