segunda-feira, julho 27
quinta-feira, julho 23
The Manchurian Cadidate
Esse filme foi originalmente realizado em 1962, estrelado por Frank Sinatra, Janet Leigh e Laurence Harvey. Um remake muito bom foi rodado em 2004, com elenco de alta grandeza: Denzel Washington, Meryl Streep, Liev Schreiber, Jon Voight, Bruno Ganz entre outros.
The Manchurian Cadidate conta a história de um militar americano, que ao voltar da Guerra do Golfo, começa a lembrar do processo de lavagem cerebral a que foi submetido enquanto esteve preso, com o objetivo de praticar ações sem contestação. Excelente filme, que mistura política, suspense e ação.
No remake de 2004 Maryl Streep, mais um vez, arrebenta.
Veja o trailer do original de 62.
The Manchurian Cadidate conta a história de um militar americano, que ao voltar da Guerra do Golfo, começa a lembrar do processo de lavagem cerebral a que foi submetido enquanto esteve preso, com o objetivo de praticar ações sem contestação. Excelente filme, que mistura política, suspense e ação.
No remake de 2004 Maryl Streep, mais um vez, arrebenta.
Veja o trailer do original de 62.
quinta-feira, julho 16
Pesquisa traz oportunidade
As pessoas levam muito em consideração a opinião de conhecidos em relação a marcas, produtos e serviços. E a Nielsen Online ratificou isso em recente pesquisa realizada com internautas.
Além da comunicação boca-a-boca, a internet, é também, um canal de muita relevância e importância para as pessoas. E que elas confiam.
Para 90% dos internautas, a opinião de amigos e familiares influencia na hora de escolher por uma marca. Além disso, a divulgação das marcas na internet tem peso decisivo na hora da escolha. Na opinião de 70% dos entrevistados, a empresa precisa ter um site bem feito, para gerar confiança.
Já era tempo de sair uma pesquisa séria nesse sentido, que é pra acabar com aquela história do site bom, bonito e barato. Quero dizer, bom e bonito pode até ser, mas barato, dificilmente será. O que penso é que tudo que é caro (com raríssimas exceções) é bom, ou muito bom. Já, o que é barato (também com raríssimas exceções) é coisa boa.
Eu digo isso, pois sou profissional de criação, e sofro um grande preconceito: de que meu trabalho é fácil de ser feito, que não requer muito conhecimento, que qualquer garoto que termina um curso de “coreldrau” pode fazer também, e que no final das contas tem um preço injustificável.
Falando ainda da pesquisa. As pessoas consideram o patrocínio um grande gerador de confiança, sejam eles em eventos ou outras causas. E apesar de ficarem atrás da internet, os anúncios veiculados nos canais de comunicação tradicionais ainda inspiram confiança nas pessoas. É o caso da TV (62%), revistas (59%), jornais (63%) e rádio (55%).
A melhor conclusão que tiro dessa pesquisa é a de que devemos, nós profissionais de comunicação e marketing, trabalhar com marketing de relacionamento e, principalmente, com o marketing de experiências. O branding experience. Claro. Se a pessoa tem uma experiência positiva com uma determinada marca, produto ou serviço, ela irá passar isso a frente, para amigos, familiares e conhecidos.
Além da comunicação boca-a-boca, a internet, é também, um canal de muita relevância e importância para as pessoas. E que elas confiam.
Para 90% dos internautas, a opinião de amigos e familiares influencia na hora de escolher por uma marca. Além disso, a divulgação das marcas na internet tem peso decisivo na hora da escolha. Na opinião de 70% dos entrevistados, a empresa precisa ter um site bem feito, para gerar confiança.
Já era tempo de sair uma pesquisa séria nesse sentido, que é pra acabar com aquela história do site bom, bonito e barato. Quero dizer, bom e bonito pode até ser, mas barato, dificilmente será. O que penso é que tudo que é caro (com raríssimas exceções) é bom, ou muito bom. Já, o que é barato (também com raríssimas exceções) é coisa boa.
Eu digo isso, pois sou profissional de criação, e sofro um grande preconceito: de que meu trabalho é fácil de ser feito, que não requer muito conhecimento, que qualquer garoto que termina um curso de “coreldrau” pode fazer também, e que no final das contas tem um preço injustificável.
Falando ainda da pesquisa. As pessoas consideram o patrocínio um grande gerador de confiança, sejam eles em eventos ou outras causas. E apesar de ficarem atrás da internet, os anúncios veiculados nos canais de comunicação tradicionais ainda inspiram confiança nas pessoas. É o caso da TV (62%), revistas (59%), jornais (63%) e rádio (55%).
A melhor conclusão que tiro dessa pesquisa é a de que devemos, nós profissionais de comunicação e marketing, trabalhar com marketing de relacionamento e, principalmente, com o marketing de experiências. O branding experience. Claro. Se a pessoa tem uma experiência positiva com uma determinada marca, produto ou serviço, ela irá passar isso a frente, para amigos, familiares e conhecidos.
quarta-feira, julho 15
O zoo é uma tristeza
O colunista do JB, Marcelo Migliaccio, escreveu um belíssimo texto sobre o zoológico. Bem, na verdade, é um belíssimo texto sobre a tristeza e a melancolia do zoo.
http://www.jblog.com.br/rioacima.php?itemid=14114
http://www.jblog.com.br/rioacima.php?itemid=14114
terça-feira, julho 14
Rock n´Roll: uma breve história
Por Reinaldo Paes de Barreto
Rock and Roll (também escrito Rock n' Roll) é um gênero de música que emergiu como "atitude" musical no sul dos Estados Unidos, durante a década de 50. E, rapidamente, se espalhou pelo mundo.
Embora a tradução literal seja algo como “deite e role” há uma evidente conotação sexual e libidinosa nessa expressão composta. É bom não esquecer que os puritanos chamavam o seu símbolo máximo, Elvis Presley, de Elvis Pélvis. Porque tanto "rock" quanto "roll", na gíria dos negros americanos, significa trepar. Por outro lado, o clássico “Rock Me Baby” inverte o sentido do verbo e do ato de embalar a criança, o bebê que, no caso, designa a garota, a namorada, num tom carinhoso de tratamento. A segunda explicação, que completa a primeira, vem de um provérbio inglês que dizia "pedra que rola não cria musgo". Isso foi retomado na década de 50 numa letra de música de outro blueseiro, Muddy Waters, para culminar na música, de Bob Dylan, no próprio nome do grupo Rolling Stones e na revista de rock americana de mesmo nome.
Origem: em 1952, o produtor Alan Freed batizou o seu programa de “Moondgo's Rock'n'Roll Party”, o que acabou definindo a expressão como designativa desse tipo específico de música.
Foi o próprio Freed, aliás, quem organizou o primeiro concerto de rock & roll (1953), ocasião em que apareceram mais de 30 mil pessoas num local com capacidade para no máximo 10 mil, o que tornou o evento inviável, sendo cancelado. Nesse mesmo ano, o concerto foi reorganizado e acabou se transformando num grande sucesso, com participação de Big Joe Turner, Fats Domino, The Moonglows e The Drifters.
Na platéria, mais de dois terços da audiência era composta por jovens brancos, o que provava a atração da juventude dessa década pela música negra.
Em 1956, surgia o primeiro grande fenômeno mundial do Rock: Bill Haley e Seus Cometas.
O rock n' roll nasceu, portanto, da mistura de 3 gêneros musicais distintos da música americana: blues, country e jazz. E o seu intérprete mais emblemático foi Elvis Presley, que juntou a estes gêneros a música gospel que ele ouvia na igreja de sua pequena cidade.
Os instrumentos musicais utilizados numa banda clássica de rock, são a guitarra elétrica, o baixo, a bateria, e muitas vezes um piano ou teclado, embora no início, o principal instrumento tenha sido o saxofone.
Elvis nasceu nas circunstâncias mais humildes, em uma casa de dois quartos em Tupelo, Mississipi no dia 8 de janeiro de 1935. Seu irmão gêmeo, Jessie Garon, nasceu morto, e Elvis cresceu como filho único. Ele e seus pais se mudaram para Memphis, Tennessee em 1948, e Elvis lá se formou na Humes High School em 1953.
Em 1954, iniciou sua carreira musical no lendário selo Sun Records em Memphis.
No fim de 1955, seu contrato foi vendido para RCA Victor. Em 1956, ele era uma sensação internacional. Com um som e estilo que unicamente combinavam suas diversificadas influências e confundiam e desafiavam as barreiras racias da época, ele conduziu uma nova era da música e cultura pop Americana.
Ele estrelou 33 filmes de sucesso, fez história com suas aparições na televisão e especiais, e foi muito aclamado por suas apresentações que frequentemente quebravam recordes, suas turnês e em Las Vegas.
Ele chegou a vender mais de um bilhão de discos, mais do que qualquer outro artista. Suas vendas Americanas o garantiraram prêmios de ouro, platina e multi-platina por seus 149 álbuns e singles, muito mais do que qualquer outro artista. Entre seus muitos prêmios estão 14 indicações ao Grammy (3 prêmios) da National Academy of Recording Arts & Sciences, o prêmio Grammy por sua obra, que recebeu aos 36 anos, e a consagração como um dos 10 Jovens Homens Mais Proeminentes da Nação, em 1970.
Mesmo assim, essa “lenda viva” da juventude do mundo, foi convocada pelo Exército dos EUA e serviu sem nenhum dos privilégios que seu status de celebridade poderia ter facilitado.
Elvis morreu em sua casa em Memphis, Graceland, em 16 de agosto de 1977.
Rock and Roll (também escrito Rock n' Roll) é um gênero de música que emergiu como "atitude" musical no sul dos Estados Unidos, durante a década de 50. E, rapidamente, se espalhou pelo mundo.
Embora a tradução literal seja algo como “deite e role” há uma evidente conotação sexual e libidinosa nessa expressão composta. É bom não esquecer que os puritanos chamavam o seu símbolo máximo, Elvis Presley, de Elvis Pélvis. Porque tanto "rock" quanto "roll", na gíria dos negros americanos, significa trepar. Por outro lado, o clássico “Rock Me Baby” inverte o sentido do verbo e do ato de embalar a criança, o bebê que, no caso, designa a garota, a namorada, num tom carinhoso de tratamento. A segunda explicação, que completa a primeira, vem de um provérbio inglês que dizia "pedra que rola não cria musgo". Isso foi retomado na década de 50 numa letra de música de outro blueseiro, Muddy Waters, para culminar na música, de Bob Dylan, no próprio nome do grupo Rolling Stones e na revista de rock americana de mesmo nome.
Origem: em 1952, o produtor Alan Freed batizou o seu programa de “Moondgo's Rock'n'Roll Party”, o que acabou definindo a expressão como designativa desse tipo específico de música.
Foi o próprio Freed, aliás, quem organizou o primeiro concerto de rock & roll (1953), ocasião em que apareceram mais de 30 mil pessoas num local com capacidade para no máximo 10 mil, o que tornou o evento inviável, sendo cancelado. Nesse mesmo ano, o concerto foi reorganizado e acabou se transformando num grande sucesso, com participação de Big Joe Turner, Fats Domino, The Moonglows e The Drifters.
Na platéria, mais de dois terços da audiência era composta por jovens brancos, o que provava a atração da juventude dessa década pela música negra.
Em 1956, surgia o primeiro grande fenômeno mundial do Rock: Bill Haley e Seus Cometas.
O rock n' roll nasceu, portanto, da mistura de 3 gêneros musicais distintos da música americana: blues, country e jazz. E o seu intérprete mais emblemático foi Elvis Presley, que juntou a estes gêneros a música gospel que ele ouvia na igreja de sua pequena cidade.
Os instrumentos musicais utilizados numa banda clássica de rock, são a guitarra elétrica, o baixo, a bateria, e muitas vezes um piano ou teclado, embora no início, o principal instrumento tenha sido o saxofone.
Elvis nasceu nas circunstâncias mais humildes, em uma casa de dois quartos em Tupelo, Mississipi no dia 8 de janeiro de 1935. Seu irmão gêmeo, Jessie Garon, nasceu morto, e Elvis cresceu como filho único. Ele e seus pais se mudaram para Memphis, Tennessee em 1948, e Elvis lá se formou na Humes High School em 1953.
Em 1954, iniciou sua carreira musical no lendário selo Sun Records em Memphis.
No fim de 1955, seu contrato foi vendido para RCA Victor. Em 1956, ele era uma sensação internacional. Com um som e estilo que unicamente combinavam suas diversificadas influências e confundiam e desafiavam as barreiras racias da época, ele conduziu uma nova era da música e cultura pop Americana.
Ele estrelou 33 filmes de sucesso, fez história com suas aparições na televisão e especiais, e foi muito aclamado por suas apresentações que frequentemente quebravam recordes, suas turnês e em Las Vegas.
Ele chegou a vender mais de um bilhão de discos, mais do que qualquer outro artista. Suas vendas Americanas o garantiraram prêmios de ouro, platina e multi-platina por seus 149 álbuns e singles, muito mais do que qualquer outro artista. Entre seus muitos prêmios estão 14 indicações ao Grammy (3 prêmios) da National Academy of Recording Arts & Sciences, o prêmio Grammy por sua obra, que recebeu aos 36 anos, e a consagração como um dos 10 Jovens Homens Mais Proeminentes da Nação, em 1970.
Mesmo assim, essa “lenda viva” da juventude do mundo, foi convocada pelo Exército dos EUA e serviu sem nenhum dos privilégios que seu status de celebridade poderia ter facilitado.
Elvis morreu em sua casa em Memphis, Graceland, em 16 de agosto de 1977.
segunda-feira, julho 13
Dia do Rock
Hoje no Dia do Rock, um salve aos heróis Bono Vox, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen Jr, Elvis Presley, Brian Jones, Mick Jagger, Keith Richards, Paul McCartney, John Lennon, George Harrison, Ringo Starr, Cassia Eller, Bruce Dickinson, Steve Harris, Gene Simmons, Paul Stanley, Renato Russo, Cazuza, Roberto Frejat, Fernando Magalhães, Maurício Barros, Guto Goffi, Jimi Hendrix, Mitch Mitcell, Noel Redding, Janis Joplin, Jim Morrison, Eric Clapton, Carlos Santana, Lou Reed, Eddie Vedder, Syd Barret, David Gilmour, Roger Waters, Freddie Mercury, Robert Plant, Jimi Page, John Paul Jones, John Boham, Roger Daltrey, Pete Townshend, Keith Moon, John Entwistle, Ozzy Osbourne, Tommy Iomi, Jon Anderson, Ian Astbury, Joe Satriani, Raul Seixas, Rita Lee, Arnaldo Batista, Sérgio Dias, Liminha, Birão, Romulo Padotzke, Thiago Zig, Sérgio Filho, Ian Gillan, Jon Lord, Ritchie Blackmore, David Bowie, Axl Rose, Slash, John Fogerty, Duane Allman, Gregg Allman, Lars Ulrich, James Hetfield, Kirk Hammet, Morrisey, Johnny Marr, Robert Smith, Ian Curtis, Little Richards, Bill Halley, Carl Perkins, David Coverdale, Angus Young, Joey Ramone, Steve Winwood, Joe Strummer, Mick Jones, John Lydon, Sid Vicious, Noel Gallagher, Frank Zappa, Jeff Beck, Van Morrison, Neil Young, Bruce Springsteen, Jerry Garcia, Alice Cooper, Donald Fagen, George Thorogood, Iggy Pop, Tom Waits, Tom Petty, Peter Framptom, Neil Peart, Alex Lifeson, Geddy Lee, Steven Tyler, Joe Perry, Mark Knopfler, Sting, Andy Summers, Stewart Copeland, Lemmy Kilmister, Michael Stipe, Kurt Cobain, Chris Cornell, Igor Cavaleira, Max Cavaleira, Paulo Jr., Andreas Kisser, Black Francis, Billy Corgan, Thom York, Johnny Greenwood, Ed O´Brian, Anthony Kiedis, Flea, Chad Smith, John Frusciante, Dave Navarro, Eddie Van Halen, Bobby Gillespie e muitos, muitos outros, que já fizeram ou ainda fazem caras como eu baterem a cabeça. LET´S ROCK!
segunda-feira, julho 6
Blog de Farrah Fawcett
Por favor, não deixe de ler o blog da Farah Fawcett!...
http://blogdofarrah.blogspot.com/
Não estranhe, morto não escreve mesmo.
O autor da brincadeira é Vitor Knijnik, um cara que começou na publicidade meio que por acaso e hoje assina a coluna "Blogs do Além" na edição impressa da revista Carta Capital e também no espaço virtual, no endereço http://www.blogsdoalem.com.br/
Pô é imperdível! Toda semana na Carta.
Saiba mais sobre o Vitor numa entrevista dada ano passado em http://portalimprensa.uol.com.br/portal/entrevista_da_semana/2008/07/14/imprensa20838.shtml
Sou capaz de apostar que o Blog do Além da semana que vem será do Michael Jackson. Essa é barbada né?!
Van Halen, Red Hot Chilli Peppers e Joe Satriani juntos!!!
É a nova banda/projeto de rock que vem pra arregaçar os tímpanos despreparados: é o CHICKENFOOT. Uma super banda que reúne os ex-vanhaleanos Sammy Hagar no vocal e Michael Antonhy no baixo, mais o animalesco baterista dos Chilli Peppers Chad Smith e o guitarrista que dispensa apresentações Joe Satriani.
O som é um hard rock - não poderia deixar de ser - de primeira linha, a marca é simples e direta, e o vídeo bem humorado, como também não poderia deixar de ser.
Se rolar show, bem que poderiam passar pelo Rio, afinal, só tive o prazer de assistir ao vivo o Chad Smith e seus comparsar.
O som é um hard rock - não poderia deixar de ser - de primeira linha, a marca é simples e direta, e o vídeo bem humorado, como também não poderia deixar de ser.
Se rolar show, bem que poderiam passar pelo Rio, afinal, só tive o prazer de assistir ao vivo o Chad Smith e seus comparsar.
domingo, julho 5
Não há oposição no Brasil
Elegante e moderado, enquanto viveu, o excelente médico e homem público José Aristodemo Pinotti contribuiu, com sua morte, para que arrefecessem os ânimos no Senado, na tarde de ontem. Presidindo a sessão de homenagem ao morto, o senador José Sarney pediu que os discursos se limitassem à sua memória, mas não teve êxito. O senador Arthur Virgílio quebrou o rito, ao anunciar que venderá propriedades da família, a fim de ressarcir o Tesouro do dinheiro que foi pago a um funcionário que, lotado em seu gabinete, viveu em Paris, durante mais de um ano.
Essa crise no Senado está muito distante da versão shakespeareana do complô contra César: não conseguimos ver, sob a manga da túnica de Arthur Virgílio, nem sob as dos outros que a ele se unem, o punhal de Brutus e de seus companheiros de conjura. Os punhais de hoje são metafóricos, e o senador pelo Amazonas não tem as dimensões trágicas de Marcus Brutus. O que se passa no Senado está mais para uma pantomima da commedia dell'arte do Renascimento Italiano.
Quaisquer que tenham sido os erros do senador Sarney na presidência do Senado, eles não são exclusivos do político do Maranhão. A cultura da tolerância permitiu que a representação parlamentar se degradasse a esse ponto. A longa experiência política do ex-presidente da República o devia advertir que, com os inimigos e adversários que reuniu durante décadas, devia precaver-se. Mas, pelo que vemos, quaisquer tenham sido os seus erros, ele se encontra em condições de devolver, aos honourable and wise men, todas as pedras que lhe são atiradas. Falta autoridade a Arthur Virgílio para pedir o afastamento do presidente do Senado, depois de ter confessado alguns de seus próprios pecados. Ele parece ter sido aconselhado pela astúcia jesuítica da restrição mental, quando se esqueceu, no auge de sua investida, que se valera de Agaciel Maia, a fim de socorrê-lo em Paris. Fora o senador imprevidente, ao viajar para a França sem os recursos necessários, ou perdera o controle dos gastos, o que dá no mesmo. E se esqueceu de que, na mesma Paris, estava a prova de outro descuido: o de ter, ali, recebendo vencimentos no Senado, um servidor público lotado no seu gabinete em Brasília.
Entre as muitas lições do episódio, duas se destacam. Ambas são importantes para a correção ética da vida política nacional. A primeira é que, em consequência de uma disputa menor, desencadeou-se o processo que levou à ruptura da omertà corporativa. Os debates podiam ser acesos, e eram, mas não se tocava nas coisas domésticas. Afinal, de minimis non curat praetor: dos atos secretos e dos acertos financeiros, coisa menor, cuidava o diretor-geral e seus auxiliares. Agora a cidadania sabe que uma coisa eram os discursos inflamados no plenário, outra os entendimentos fora dos holofotes e dos olhos dos repórteres.
Outra grande lição é que não pode haver República democrática sem oposição. Não temos oposição. Primeiro porque não há partidos políticos, mas, sim, grupos de interesses, que se articulam entre si, como se articulam com os “poderes de fato” exercidos pelos homens de negócios, na defesa da “estabilidade”, ou seja, da permanência da injustiça. Não há partidos políticos, salvo os pequenos, que dão testemunho ideológico no Congresso, porque não há ideias em que os grandes se sustentem. Identificam-se, vagamente, como conservadores e liberais, e dizem oscilar em torno do centro. A oposição é de faz de conta. Faltam ao Parlamento de hoje homens de ideias e de ação, como foram, em seu tempo, os oposicionistas Prado Kelly e Affonso Arinos, e os defensores do governo de Vargas, Juscelino e Jango – como Vieira de Mello, Tancredo Neves, Gustavo Capanema, Paulo Pinheiro Chagas, Almino Afonso, entre outros.
Ao presidir, com habilidade, a transição para o estado de direito, que caberia a Tancredo, o senador José Sarney prestou serviços valiosos ao povo brasileiro. Não foram fáceis aqueles anos, de 1985 a 1990, com o acúmulo de problemas, como o da inflação e o do desmonte do entulho autoritário. Embora o passado não absolva o presente, muitos dos que o acusam hoje, e são beneficiários dos desvios administrativos, nada ofereceram ao país, senão sua ambição.
Os cidadãos esperam que todos os fatos se esclareçam, e que os responsáveis pelos desmandos, ativos e passivos, paguem pelos seus erros.
Por Mauro Santayana
Essa crise no Senado está muito distante da versão shakespeareana do complô contra César: não conseguimos ver, sob a manga da túnica de Arthur Virgílio, nem sob as dos outros que a ele se unem, o punhal de Brutus e de seus companheiros de conjura. Os punhais de hoje são metafóricos, e o senador pelo Amazonas não tem as dimensões trágicas de Marcus Brutus. O que se passa no Senado está mais para uma pantomima da commedia dell'arte do Renascimento Italiano.
Quaisquer que tenham sido os erros do senador Sarney na presidência do Senado, eles não são exclusivos do político do Maranhão. A cultura da tolerância permitiu que a representação parlamentar se degradasse a esse ponto. A longa experiência política do ex-presidente da República o devia advertir que, com os inimigos e adversários que reuniu durante décadas, devia precaver-se. Mas, pelo que vemos, quaisquer tenham sido os seus erros, ele se encontra em condições de devolver, aos honourable and wise men, todas as pedras que lhe são atiradas. Falta autoridade a Arthur Virgílio para pedir o afastamento do presidente do Senado, depois de ter confessado alguns de seus próprios pecados. Ele parece ter sido aconselhado pela astúcia jesuítica da restrição mental, quando se esqueceu, no auge de sua investida, que se valera de Agaciel Maia, a fim de socorrê-lo em Paris. Fora o senador imprevidente, ao viajar para a França sem os recursos necessários, ou perdera o controle dos gastos, o que dá no mesmo. E se esqueceu de que, na mesma Paris, estava a prova de outro descuido: o de ter, ali, recebendo vencimentos no Senado, um servidor público lotado no seu gabinete em Brasília.
Entre as muitas lições do episódio, duas se destacam. Ambas são importantes para a correção ética da vida política nacional. A primeira é que, em consequência de uma disputa menor, desencadeou-se o processo que levou à ruptura da omertà corporativa. Os debates podiam ser acesos, e eram, mas não se tocava nas coisas domésticas. Afinal, de minimis non curat praetor: dos atos secretos e dos acertos financeiros, coisa menor, cuidava o diretor-geral e seus auxiliares. Agora a cidadania sabe que uma coisa eram os discursos inflamados no plenário, outra os entendimentos fora dos holofotes e dos olhos dos repórteres.
Outra grande lição é que não pode haver República democrática sem oposição. Não temos oposição. Primeiro porque não há partidos políticos, mas, sim, grupos de interesses, que se articulam entre si, como se articulam com os “poderes de fato” exercidos pelos homens de negócios, na defesa da “estabilidade”, ou seja, da permanência da injustiça. Não há partidos políticos, salvo os pequenos, que dão testemunho ideológico no Congresso, porque não há ideias em que os grandes se sustentem. Identificam-se, vagamente, como conservadores e liberais, e dizem oscilar em torno do centro. A oposição é de faz de conta. Faltam ao Parlamento de hoje homens de ideias e de ação, como foram, em seu tempo, os oposicionistas Prado Kelly e Affonso Arinos, e os defensores do governo de Vargas, Juscelino e Jango – como Vieira de Mello, Tancredo Neves, Gustavo Capanema, Paulo Pinheiro Chagas, Almino Afonso, entre outros.
Ao presidir, com habilidade, a transição para o estado de direito, que caberia a Tancredo, o senador José Sarney prestou serviços valiosos ao povo brasileiro. Não foram fáceis aqueles anos, de 1985 a 1990, com o acúmulo de problemas, como o da inflação e o do desmonte do entulho autoritário. Embora o passado não absolva o presente, muitos dos que o acusam hoje, e são beneficiários dos desvios administrativos, nada ofereceram ao país, senão sua ambição.
Os cidadãos esperam que todos os fatos se esclareçam, e que os responsáveis pelos desmandos, ativos e passivos, paguem pelos seus erros.
Por Mauro Santayana
sexta-feira, julho 3
A culpa é da população
Esta semana vimos a notícia de dois acidentes com transportes piratas nas ruas do Rio.
Mas o que me parece é que há uma conivência gigantesca da própria população, tanto em relação ao transporte pirata, quanto ao transporte legal. É ela mesma que insiste em pegar vans, kombis e ônibus, por exemplo, em estado de total miséria, com pneus carecas e tudo que (não) tem direito. Aí bate, se fere, morre, e aí vão reclamar, vão fazer passeata, fechar rua, quebrar e gritar. Pôrra, é só não pegar o carro todo quebrado e sem segurança.
É claro que o poder público deve agir com mais força e tirar de circulação os veículos que oferecem risco a população. Mas, na boa, como tudo, a ordem começa com a própria população. É ela que começa a bagunça, a sujeira, o barulho, e tudo mais. Se cada um fizer a sua parte, todos saem ganhando. E ninguém se machuca.
Mas o que me parece é que há uma conivência gigantesca da própria população, tanto em relação ao transporte pirata, quanto ao transporte legal. É ela mesma que insiste em pegar vans, kombis e ônibus, por exemplo, em estado de total miséria, com pneus carecas e tudo que (não) tem direito. Aí bate, se fere, morre, e aí vão reclamar, vão fazer passeata, fechar rua, quebrar e gritar. Pôrra, é só não pegar o carro todo quebrado e sem segurança.
É claro que o poder público deve agir com mais força e tirar de circulação os veículos que oferecem risco a população. Mas, na boa, como tudo, a ordem começa com a própria população. É ela que começa a bagunça, a sujeira, o barulho, e tudo mais. Se cada um fizer a sua parte, todos saem ganhando. E ninguém se machuca.
Erding é a capital das cervejas de trigo
A pequena cidade alemã de Erding, no coração da Baviera, vive quase exclusivamente em função de seu produto mais famoso: a cerveja Erdinger, literalmente uma weissbier, palavra germânica que quer dizer feita com trigo (embora também leve cevada), com 5% de teor alcoólico e aromas evocativos da banana, do cravo e da maçã cozida. Difere da pilsen, por exemplo, elaborada apenas com cevada. É considerada "cerveja natalina".
Com seu casario típico do sul da Alemanha, Erding fica a 50 minutos de trem, saindo da estação de Marienplatz, a famosa praça central de Munique. Não lhe faltam atrações. Mas a principal delas, sem dúvida, é a centenária cervejaria Erdinger Weissbräu. Atualmente, existem no mundo cervejas muito elaboradas, cada vez mais harmonizadas com pratos de alta gastronomia. A weissbier é uma das mais versáteis.
Por conter menos lúpulo, se comparada com a maioria das lagers alemãs, que são produzidas num processo de baixa fermentação, a cerveja de trigo proporciona uma sensação gustativa mais suave. O aroma é sempre frutado e sua coloração pode ir do amarelo-ouro ao chocolate, de acordo com as variedades de malte utilizadas.
A Erdinger tem mais de um século. Consumida desde 1886, durante muito tempo limitou-se a saciar a sede apenas dos moradores da cidade. A partir de 1980, começou a conquistar o restante da Alemanha. Na década seguinte, iniciou a trajetória de exportação, que hoje alcança 70 países. O responsável por seu sucesso é Werner Brombach, que assumiu o controle dos negócios da família em 1975, depois da morte do pai, Franz. Seu maior mérito foi enxergar o potencial da weissbier, conduzindo a Erdinger à liderança entre as cervejas de trigo.
Enquanto a indústria cervejeira normalmente busca métodos produtivos de custo baixo, Brombach corre atrás de qualidade. A Erdinger utiliza mais de 50% de malte de trigo, completados com o de cevada. É um produto não-pasteurizado, produzido de acordo com a Lei de Pureza de 1516. Não contém nenhum aditivo químico, apenas componentes básicos e naturais: água, maltes, leveduras e lúpulo. Em muitos aspectos, sua cuidadosa técnica de fabricação guarda semelhanças com a do nobre champagne. Ambas as bebidas passam por duas fermentações. Os tanques utilizados na primeira são horizontais, fato raro na indústria cervejeira. Se, por um lado, ocupam mais espaço, por outro evitam a pressão exagerada que o líquido sofreria em altos tanques verticais.
Além de ser refermentada, outra característica que torna a Erdinger única é combinar dois tipos de fermentação: alta e baixa. A primeira ocorre nos tanques horizontais, processo em que as leveduras proporcionam à cerveja seu caráter frutado, ácido e aromático. A segunda acontece na garrafa ("bottom fermentation"). É ela que "arredonda" a bebida. O armazém de refermentação e maturação da família Brombach tem capacidade para 16 milhões de garrafas e é totalmente computadorizado. O produto permanece ali por mais de 30 dias, em temperatura controlada e, somente depois de findado o processo, os computadores liberam seu faturamento. Nenhuma outra fábrica produz tantas variedades de weissbier quanto a Erdinger.
O carro-chefe é a tradicional Erdinger Clara. Apresenta tonalidade dourada, possui leveduras finas e menor presença de lúpulo, o que proporciona uma sensação gustativa mais suave. A espuma se mostra densa e perfumada. Uma genuína especialidade, produzida como nos velhos tempos, é a Erdinger Dunkel. O malte de cevada e trigo torrados dá toque tostado e tonalidade escura à cerveja. O buquê de sabores é especial, leve, aromático e refrescante, com notas de açúcar tostado.
Já a Erdinger Pikantus se destina aos apreciadores de cervejas fortes. É uma weizenbock. Com longo período de maturação, destina-se principalmente aos dias mais frios do ano.
A empresa ainda elabora a Champ, menos alcoólica, cuja garrafa se abre com um simples giro na tampa, além de uma weissbier isotônica e sem álcool.
A Erdinger oferece visitas organizadas a sua fábrica, que terminam, obviamente, com a degustação das cervejas. Uma boa ocasião para conhecer a cidade é a época da Herbstfest. A festa, realizada anualmente no começo de agosto, é uma avant-première da famosa Oktoberfest, que acontece em Munique.
fonte: Gazeta Mercantil
quinta-feira, julho 2
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